Documento prevê ações para engajar principais atores da cadeia produtiva de construção e urbanismo, impulsionar metas net zero e desenvolver soluções para a circularidade do segmento.
A Exchange 4 Change Brasil, o Green Building Council Brasil e o Construction Cluster da Eslovênia assinaram um acordo para estimular ações que contribuam para o desenvolvimento da economia circular nos setores de construção civil e urbanismo brasileiros.
Por meio do MOU (Memorando de Entendimento), os signatários reconhecem a necessidade de uma rápida transição econômica, com a integração de diversos atores, incluindo empresas e países, para alavancar soluções cada vez mais circulares, verdes e tecnológicas na cadeia produtiva da área de construção.
Estreitando Relações
Nesse sentido, o Brasil quer estreitar as relações com a Eslovênia, país europeu que é uma das maiores referências mundiais em economia circular.
O documento foi assinado pelo CEO do Green Building Council Brasil, Felipe Faria, e pela diretora da Exchange 4 Change Brasil e embaixadora do Construction Cluster da Eslovênia no Brasil, Beatriz Luz.
A testemunha do MOU foi a Embaixada da Eslovênia no Brasil, representada pelo embaixador Gorazd Rencelj.
Uma das bases do acordo é o entendimento da economia circular como um pilar para o desenvolvimento sustentável, com geração de empregos e competitividade, bem como para o alcance de metas net-zero e de soluções circulares e eficientes até 2050.
O objetivo é principalmente reduzir os impactos do setor de construção e seus fornecedores nas mudanças climáticas.
Pesquisa e desenvolvimento
Assim, os signatários vão estimular projetos entre empresas de diferentes portes, setor público, organizações de pesquisa e desenvolvimento, instituições educacionais e clusters de apoio a negócios.
Mais de um terço dos recursos utilizados no mundo são utilizados para a construção de edifícios, de acordo com o consórcio.
Quase 70% dos resíduos encaminhados para aterros sanitários nas cidades brasileiras são de atividades de construção e demolição, e dessa forma, gera altos custos ao setor e aos governos locais.
Dessa forma, a circularidade aplicada no segmento pode mudar esta realidade, gerar oportunidades de novos negócios e ainda reduzir as emissões.
“Isto será feito por meio de novos processos construtivos, novos materiais, um olhar voltado à modularidade e ao compartilhamento de espaço, operação eficaz, reforma e desmontagem, reaproveitando materiais e requalificando espaços”, destaca Beatriz Luz.
O Construction Cluster da Eslovênia faz parte do projeto europeu ICBUILD, que impulsiona a internacionalização da circularidade no ambiente da construção civil.
Processo de internacionalização
O Brasil é um dos cinco países prioritários neste processo de internacionalização, de modo que a iniciativa fechou parceria com a Exchange 4 Change Brasil, organização que orienta a transição para a economia circular no país, e com o Green Building Council Brasil, cuja missão é transformar a indústria da construção civil em direção à sustentabilidade.
“Estamos motivados com o desafio de discutir as oportunidades de circularidade de uma forma mais estruturada. O tema se tornou o terceiro projeto global do World GBC e, no Brasil, já conta com grandes empresas interessadas em suportar o avanço dessa agenda”, de acordo com o CEO do Green Building Council Brasil, Felipe Faria.
Entre os pontos do MOU, estão: o compromisso de educar e engajar o mercado; criar vínculos entre empresas da Eslovênia, do Brasil e de outros países; promover o networking entre empresas consolidadas na área de construção e além disso, o desenvolvimento de soluções inovadoras para contribuir com a circularidade do mercado.
Com informações:
Assessoria Exchange 4 Change Brasil
Assessoria Green Building Council Brasil