Planta de dessalinização com uma capacidade de produção fornecerá água para aproximadamente 210.000 residências.
Abu Dhabi vai construir uma usina de de dessalinização de alta eficiência, com capacidade para 550.000 metros cúbicos por dia de água potável.
O volume seria suficiente para abastecer 210 mil residências, de acordo com a Veolia, concessionária responsável pelo projeto de construção da usina.
Dessalinização de alta eficiência
O projeto da usina foi encomendado pela Abu Dhabi National Energy Company PJSC (TAQA) e pela ENGIE.
Essa será a terceira maior usina de dessalinização dos Emirados Árabes Unidos (EAU), com processo de dessalinização por osmose reversa de última geração (M2 RO).
A maior parte da água potável usada nos Emirados Árabes Unidos vem do mar.
Para gerir o crescimento do consumo de água e compensar o envelhecimento das instalações existentes, principalmente centrais de dessalinização térmica, o país decidiu utilizar as mais recentes tecnologias avançadas e processos de engenharia para aumentar a sua capacidade de dessalinização e reduzir o seu consumo de energia.
Uma estratégia que apoia fortemente a ambição de neutralidade carbónica do país até 2050.
Eficiência
Contando com a experiência mundial da Veolia em dessalinização de água, a planta Mirfa 2 seguirá os mais recentes desenvolvimentos em padrões ambientais e de eficiência para dessalinização.
Além disso, apresentando processos tecnológicos avançados, como a osmose reversa, o que representa fortes ganhos de eficiência em comparação com a dessalinização térmica tradicional, para reduzir o consumo de energia e melhorar a produtividade.
Esses avanços tecnológicos permitem reduzir o uso de energia em 80% em relação à década de 1980, quando a dessalinização térmica era predominante.
“Aumentar as capacidades de dessalinização de forma sustentável é crucial, pois elas fazem parte do mix de soluções necessárias para enfrentar a escassez de água em todo o mundo e, especialmente, no Oriente Médio. Com a planta de Mirfa 2 de osmose reversa a Veolia continua a elevar o nível dos padrões ambientais e operacionais na dessalinização, contribuindo ainda mais para a transformação ecológica do setor, que já fez progressos significativos ao longo dos anos”, disse Estelle Brachlianoff, CEO da Veolia.
Produção por osmose reversa
A dessalinização por osmose reversa, que se baseia na filtração por membrana, é a solução tecnológica mais difundida em países que utilizam a dessalinização para combater o estresse hídrico, pois reduz seu consumo de energia, de acordo com a concessionária.
O contrato representa uma receita de aproximadamente 300 milhões de euros para a Veolia.
A construção do projeto começará no segundo trimestre de 2023 para que a usina possa ser comissionada em 2025.
Fonte: Smartwatermagazine