Líderes de países amazônicos estão reunidos para debater ações sobre o OTCA.
A Cúpula da Amazônia segue hoje com os debates e tratativas para preservação e conservação do bioma, no segundo dia de reunião dos líderes de países amazônicos, na cidade de Belém, no Pará.
Além do Brasil, participam lideranças da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
No dia 08 (terça-feira), primeiro dia de debates, o objetivo central da cúpula foi fomentar e discutir metas e diretrizes para dessa forma fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
A OTCA
Apesar de pouco conhecida, a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é o único mecanismo internacional com sede no Brasil.
O grupo foi criado em 1995 pelos oito países que concentram a floresta em seu território – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – a partir do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), assinado em 3 de julho de 1978.
Atualmente, a organização recebe contribuições obrigatórias dos países membros. O país que mais contribui é o Brasil, com US$ 950 mil por ano, e os demais escalonadamente de acordo com suas capacidades financeiras, com o Suriname no fim da fila, com contribuição de US$ 70 mil por ano.
O objetivo da organização é principalmente também seu principal desafio: ser reconhecida dentro dos países membros e no âmbito internacional como referência em cooperação regional, em discussão e posicionamento em temas da agenda internacional relativos à Amazônia.
Metas para desenvolvimento sustentável
Durante os discursos de abertura, no dia 08, os líderes deixaram estabelecidas os temas mais relevantes da Cúpula da Amazônia. São eles:
- Discutir e promover um novo desenvolvimento sustentável, “combinando proteção ambiental com empregos dignos”;
- Medidas para o fortalecimento da OTCA;
- Fortalecer o lugar dos países detentores das florestas tropicais na agenda global.
De acordo com o G1, um dos pontos mais esperados durante a cúpula é a definição de uma meta conjunta para a redução do desmatamento entre esses países, assunto fundamental para evitar que a Amazônia atinja o chamado ponto de não retorno, um limiar irreversível de degradação que pode causar sérios danos ambientais e acentuar o aquecimento global.
O ponto de não retorno está estreitamente ligado à questão do desmatamento na região, já que a falta de ações para combatê-lo pode resultar na transformação da Amazônia em uma savana, liberando grandes quantidades de carbono na atmosfera e contribuindo para o aquecimento global.
Para enfrentar esse desafio, é esperado então que os países amazônicos estabeleçam, durante a cúpula, uma meta conjunta de redução do desmatamento do bioma.
Fonte: G1