O Estado do RS apoiará empreendimentos e implementará políticas públicas para o desenvolvimento do setor de hidrogênio verde.
O governo do Estado lançou no dia 30 de agosto, durante a 46ª Expointer, o Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Hidrogênio Verde no Rio Grande do Sul (H2V-RS).
Por meio do programa, o governo pretende apoiar empreendimentos e além disso, propor e implementar políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia de H2V no Estado.
Potencial do mercado
Dentre os objetivos do programa estão viabilizar a produção, transmissão, armazenagem bem como e uso do novo energético.
O programa pretende estimular principalmente a transição energética em direção a uma economia de baixo carbono, bem como a geração de emprego e renda nas diferentes regiões do Estado e a inovação tecnológica.
“Contratamos uma consultoria renomada, que desenvolveu um estudo técnico robusto sobre a capacidade do Estado de produzir hidrogênio verde. Identificamos a viabilidade comercial do Rio Grande do Sul e agora estamos criando este programa, que traz os instrumentos necessários, desde as linhas de crédito à governança dos portos, para viabilizar essa produção”, destacou o governador do RS, Eduardo Leite.
O hidrogênio verde pode ser produzido diretamente ou como matéria-prima para outros produtos, dessa forma, de modo a atender tanto à demanda interna como aos mercados externos.
A previsão é de que os investimentos nesse mercado gerem uma alta de R$ 62 bilhões no PIB do Estado e cerca de 41 mil empregos diretos e indiretos.
Fortalecimento da economia
Além dos efeitos econômicos, de acordo com Leite, a política está alinhada com os objetivos do desenvolvimento sustentável, o combate às mudanças climáticas e a geração de energia limpa.
De acordo com secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, este programa marca uma posição nos avanços que o Rio Grande do Sul precisa ter na redução de carbono.
“O Estado tem um perfil conservador e preservacionista, e não iremos perder esse ímpeto verde. Estamos abertos para a inovação e a transformação que o hidrogênio verde propicia. Temos a vontade política de desenvolver um arranjo produtivo com essa tecnologia”, afirmou a secretária Marjorie.
Para a concretização dos objetivos propostos, o governo utilizará instrumentos e mecanismos variados.
Entre eles, linhas de crédito especial, tratamento preferencial no licenciamento ambiental, incentivos aos empreendimentos, por meio do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS) e de outros programas, bem como o apoio na formação de mão-de-obra qualificada para atuar nos empreendimentos relacionados ao segmento.
Fonte Renovável
“Nós confiamos que vamos viabilizar para o Estado uma planta de hidrogênio verde, com um impacto multibilionário na nossa economia e geração de milhares de empregos direta e indiretamente”, comentou o governador.
O programa será administrado por um conselho diretivo formado pelo Gabinete do Governador, pela Casa Civil e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Esses setores irão planejar a atuação do governo e acompanhar a evolução do desenvolvimento do setor.
Além do anúncio do decreto, o governo celebrou um memorando de entendimento com três empresas interessadas em desenvolver projetos de hidrogênio verde no Estado: CPFL Energia, CMPC e Equinor.
O documento foi assinado pela secretária Marjorie, pelo presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, e por representantes das corporações – o vice-presidente jurídico de relações institucionais da CPFL, Gustavo Gachinelo; o diretor-geral e o diretor administrativo e financeiro da CMPC, Maurício Harger e Diego Ignacio Merino Morales, respectivamente; e a gerente de projetos da Equinor, Natalia Arakelova.
Outros memorandos já foram assinados com a Neoenergia, Enerfin, Ocean Winds, White Martins, Green EN.IT e Ventos do Atlântico Energia Eólica S.A.
Fonte: SECOM RS