O aumento da capacidade de energia renovável é visto como crucial para ajudar a cumprir as metas climáticas pelo G-20.
O G-20, grupo composto por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Türkiye, Reino Unido e Estados Unidos) e a União Europeia, firmaram um acordo para triplicar o número de fontes renováveis até 2030.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.
Investimento em fontes menos poluentes
O acordo inclui uso de tecnologia de captura de carbono, e apesar do comprometimento em investir em fontes mais sustentáveis, também ofereceram apoio à tecnologia que possa sustentar o uso de combustíveis fósseis, aliviando as preocupações da Rússia e da Arábia Saudita, que anteriormente haviam paralisado um acordo.
Os membros assumirão o compromisso de “prosseguir e encorajar” esforços para cumprir a meta de aumentar a geração de energia limpa, de acordo com pessoas familiarizadas com as negociações.
O bloco também exigirá um impulso semelhante na implantação de tecnologias de redução, como a captura de carbono, que pode reduzir as emissões provenientes do uso de gás, carvão e petróleo, disseram algumas pessoas, que pediram anonimato porque os detalhes divulgados ainda não são públicos.
De acordo com o G-20 mesmo ainda com o uso dos combustíveis fósseis, o resultado do acordo proporciona uma nova dinâmica na transição energética, depois de as preocupações globais sobre a segurança do abastecimento e os custos terem começado a minar o progresso no abandono dos combustíveis fósseis.
Transição Energética
Algumas nações do Médio Oriente apelaram nessas conversações a uma maior utilização da captura de carbono ou de outras tecnologias de redução para resolver as preocupações com as emissões, disse o ministro da Energia da Índia, Raj Kumar Singh, aos jornalistas após a reunião.
A tecnologia de captura de carbono busca reter o dióxido de carbono liberado à medida que as centrais elétricas queimam combustíveis, com o objetivo de limitar o impacto climático.
O aumento da capacidade de energia renovável é considerado crucial para ajudar a cumprir as metas climáticas, porque a produção de energia é responsável por cerca de um terço das emissões globais.
Apesar da adoção recorde da energia solar e eólica na China e de uma aceleração nas implantações na Europa e na América do Norte, o mundo continua profundamente dependente do carvão e do gás para obter eletricidade. O consumo de carvão atingiu um recorde em 2022 e permanecerá no mesmo nível este ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia em julho.
Fonte: Bloomberg