Descarbonização e mobilidade sustentável são temas urgentes para serem discutidos no Dia Mundial Sem Carro

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Coordenador pedagógico do Movimento Circular, Edson Grandisoli afirma que o tema está diretamente relacionado à circularidade e à sustentabilidade.

O Dia Mundial Sem Carro, comemorado na sexta-feira dia 22 de setembro, é uma data celebrada em todo o mundo e tem como objetivo, em especial, provocar a reflexão sobre o uso excessivo do automóvel e os impactos do transporte sobre o ambiente e a vida das pessoas.

O tema está diretamente relacionado à circularidade e à sustentabilidade. 

O coordenador pedagógico do Movimento Circular, doutor em Educação e Sustentabilidade, Edson Grandisoli, lembra que o setor de energia responde por cerca de 75% das emissões globais de gases do efeito estufa (GEE) e apenas o setor de transporte corresponde a cerca de 20% das emissões. Ele reforça que a descarbonização e a mobilidade sustentável são temas urgentes no Dia Mundial Sem Carro.

“Olhando para as ideias e preceitos da economia circular, nota-se um ponto fundamental ligado à redução das emissões de GEE: mudança da matriz energética global, valorizando formas de energia mais limpas e sustentáveis. Isso vale tanto para o setor produtivo quanto de transporte”, afirma o coordenador do Movimento Circular. 

Net Zero

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Foto: Reprodução/Pexels

Segundo Grandisoli, em um cenário ideal é preciso implementar caminhos e alternativas para tornar as atividades humanas net zero (estado de emissões líquidas zero de dióxido de carbono). Isso implica reduzir drasticamente o uso de derivados de petróleo como combustível.

“Embora tornar o setor de transporte net zero não resolva a questão climática de maneira definitiva, é um ponto fundamental de mudança, dentro de um conjunto de outras práticas”, aponta. 

De acordo com o coordenador do Movimento Circular, ações já estão sendo adotadas rumo à descarbonização do setor de transportes, como a valorização dos biocombustíveis, do hidrogênio, o uso de carros elétricos, do transporte coletivo, a redução da distância dos deslocamentos, o uso de transporte não motorizado.

Medidas Urgentes

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Foto: Reprodução/Pexels

“Essas iniciativas, associadas à  políticas públicas de incentivo, financiamentos e campanhas de educação, formam um conjunto de ações que estão sendo implementadas em diferentes escalas no Brasil e no mundo, mas ainda de maneira muito tímida”, aponta. 

Grandisoli acrescenta que mudanças no desenho urbano também favorecem ações em mobilidade.

Segundo ele, para alcançar o objetivo de reduzir as emissões de GEE essas mudanças são urgentes e inadiáveis.

“Já estamos vivendo as consequências da mudança do clima. Isso se reflete, inclusive, no uso do termo emergência ou crise climática”, alega.

O mais recente Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), indica uma série de consequências do aumento da temperatura média do planeta. 

Por: Edson Grandisoli – Coordenador do Movimento Circular

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