Iniciativa é da Câmara Municipal de Lisboa, que pretende encontrar soluções inovadoras para tornar os modais de transportes.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está à procura de startups de todo o mundo para tornar a mobilidade da cidade mais sustentável.
Através de um programa de inovação colaborativa organizado pela consultora Beta-i, a open calll do SOL Mobility está aberta até dia 19 de novembro para projetos inovadores na área dos transportes.
Mobilidade Urbana
A nova edição do programa se concentrará na mobilidade urbana, alinhando-se com os objetivos estabelecidos para 2030 de alcançar a neutralidade de emissões de carbono da capital portuguesa.
Serão aceites candidaturas de startups e empresas com atividades nas áreas dos transportes coletivos, logística, transportes privados, entre outros.
De acordo com refere Diogo Moura, vereador da Economia e Inovação da CML, os desafios que os países e as cidades têm pela frente, quer os relacionados com as alterações climáticas, quer os que decorrem do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, só se vencem com mais conhecimento e com mais envolvimento.
“O caminho é em frente, não é para trás. É isto que pretendemos com esta iniciativa”. Acrescentando, a propósito do SOL Mobility, que a inovação colaborativa para a descarbonização ou sustentabilidade das cidades é “absolutamente vital. Não só pelas sinergias que estimula, mas também pelo envolvimento que promove”.
Depois de seis edições dedicadas à melhoria da qualidade de vida na capital portuguesa, o Smart Open Lisboa (SOL) está de volta, desta vez com foco na promoção da mobilidade urbana sustentável.
Parceria com empresas de Portugal
As candidaturas selecionadas terão a oportunidade de trabalhar com empresas portuguesas como a Brisa, Carris, Cellnext, grupo Luís Simões, grupo Super Bock e EDP, para realizar e validar projetos pilotos que respondam aos desafios previamente identificados no domínio da mobilidade urbana.
Como parceiro institucional, a ADENE Energia também irá partilhar a sua expertise em mobilidade e energia com as startups e empresas escolhidas para o programa, prestando apoio ao longo do processo de desenvolvimento dos projetos.
Os desafios identificados no âmbito do programa focam-se em vários domínios, desde a gestão do fluxo do tráfego urbano já existente, à necessidade de planificação e otimização de rotas e horários de logística e transportes, bem como a adoção de processos que estimulem a transição energética dos veículos e comunicação intuitiva de informação para os utilizadores diários de transportes.
Assim, esta edição procura startups e empresas envolvidas com práticas de mobilidade urbana que tragam uma maior digitalização a esta área.
O objetivo é principalmente tornar Lisboa uma smart city, cujo tráfego de passageiros e mercadorias sejam baseados numa constante monitorização e processamento de dados para agilizar a circulação em tempo real.
Foco em sustentabilidade
De acordo com Diogo Teixeira CEO da Beta-i, desde os deslocamentos diários até à logística de mercadorias, milhares de pessoas e empresas dependem diariamente da ampla variedade de sistemas de transporte e redes de circulação da nossa capital.
“A mobilidade urbana assume, assim, um papel central em Lisboa, enfrentando crescentes desafios relacionados com a sustentabilidade que precisam de ser superados em prol da preservação do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas”.
Em 2022, a capital portuguesa passou a fazer parte do programa europeu “100 cidades neutras até 2030”, e dessa forma, comprometeu-se a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono até ao final da década.
De acordo com informações do Plano de Ação Climática Lisboa 2030, aproximadamente 43% das emissões de dióxido de carbono (CO2) na cidade têm, respetivamente, origem no setor de mobilidade e transportes.
Os interessados no programa podem se inscrever neste link até o dia 19 de novembro.
Fonte: Jornal de Negócios