A certificação assegura que os insumos produzidos por Furnas Centrais Hidrelétricas, e também pela EDP Energias do Brasil, foram fabricados com energia de fontes renováveis, seguindo as diretrizes da Europa.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) emitiu os primeiros certificados de hidrogênio do Brasil, assegurando que o insumo produzido pela EDP e por Furnas foi produzido usando fontes de energia renováveis.
A certificação assegura que os insumos produzidos por Furnas Centrais Hidrelétricas, e também pela EDP Energias do Brasil, foram fabricados com energia de fontes renováveis, seguindo as diretrizes da Europa.
O processo de certificação diz respeito ao mercado voluntário, em que os próprios compradores definem quais as regras para avaliar os critérios de sustentabilidade do produto.
Mercado Voluntário

Atualmente, as iniciativas existentes no país negociam no que se chama de mercado voluntário, ou seja, com regras que dependem do que for definido por quem comprar o produto.
O hidrogênio de baixo carbono ainda está em fase de regulamentação no país, com projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e uma minuta de regulamentação em elaboração no Ministério de Minas e Energia (MME).
Já existem mais de 30 memorandos de intenções pelo país visando a criação de novas fábricas da molécula.
A expectativa é que o tema avance nos poderes Legislativo e Executivo. Segundo o MME, cerca de US$ 30 bilhões em projetos já foram anunciados e há uma estimativa de potencial técnico de produção da ordem de 1,8 gigatoneladas por ano.
Competitividade

De acordo com Alexandre Ramos, presidente da CCEE, a certificação é uma iniciativa pioneira, que vai garantir ao cliente a compra de um produto verdadeiramente sustentável.
“Essa parceria com as empresas representa um passo importante na construção de uma relação de confiança com os investidores do mercado de hidrogênio renovável brasileiro, que vai garantir a liderança do nosso país nos esforços mundiais em prol da transição energética”.
A produção de 730 kg de hidrogênio de Furnas foi feita a partir de energia solar e hidráulica na planta de Itumbiara, no Triângulo Mineiro.
Já os 295 kg desenvolvidos pela EDP no Complexo Termelétrico do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, foram feitos a partir de energia solar.
As duas companhias usarão o combustível para testes nas próprias fábricas. As unidades foram desenvolvidas dentro do programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Aneel.
Regulação do mercado de hidrogênio

Ainda dentro de um ambiente voluntário, a CCEE está desenvolvendo a sua segunda versão do sistema de certificação, com o apoio do Banco Mundial, que de acordo com a CCEE, contará com uma governança aprimorada e terá ainda mais solidez e transparência.
Em relação às regulações, o hidrogênio de baixo carbono está em fase de estruturação, com projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e uma minuta de regulamentação em elaboração no Ministério de Minas e Energia (MME).