O Painel de Resíduos Sólidos Urbanos permite avaliar a situação dos aterros sanitários e apoiar os municípios na gestão deste tipo de resíduos.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
O Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (SEDEST), lançou nesta semana o Painel de Resíduos Sólidos Urbanos, uma ferramenta online, que permite acompanhar a situação dos aterros sanitários, apoiar os municípios na gestão deste tipo de resíduos em todo o Paraná e contribuir para a busca de soluções compartilhadas.
Desenvolvido por técnicos da Coordenadoria de Gestão Econômica e Territorial da SEDEST, o painel foi construído unificando bases de dados de diferentes origens, como o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o Formulário de Resíduos Sólidos e Barracões de Cooperativas (enviado aos municípios pela Sedest e pelo Ministério Público em julho de 2023), além do levantamento dos próprios técnicos da Sedest sobre os consórcios e as regiões metropolitanas do Estado.
Situação dos aterros
O Painel de Resíduos Sólidos Urbanos permite avaliar a situação dos aterros sanitários, apoiar os municípios na gestão deste tipo de resíduos em todo o Estado e contribuir para a busca de soluções compartilhadas. Além disso, é um instrumento de transparências das ações nesta área, de acordo com o SEDEST.
De acordo com o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, a ferramenta é um instrumento de transparência e de gestão que vai ajudar a avaliar a situação dos resíduos sólidos no Paraná.
Segundo ele, a ideia do painel é servir de instrumento de gestão para os municípios e facilitar a busca de soluções conjuntas.
“Queremos incentivar os municípios a adotarem boas práticas, a se adequarem à legislação e a promoverem a sustentabilidade ambiental e social. O Paraná é um exemplo para o Brasil nessa área e queremos continuar avançando”, complementou.
Estrutura e gestão
A ferramenta possui duas abas principais: Estrutura e Gestão de RSU.
Em Estrutura, o usuário pode visualizar no mapa do Paraná a distribuição dos estabelecimentos do setor de gestão de resíduos, como aterros sanitários, usinas de compostagem, unidades de triagem e transbordo e barracões de cooperativas.
Também é possível verificar a quantidade de relações “origem-destino”, ou seja, quantos municípios encaminham seus resíduos para cada aterro sanitário.
Na aba Gestão de RSU, o usuário pode acessar indicadores agregados de duas formas: pelos Consórcios Intermunicipais de Resíduos Sólidos e pelo Grupo R20 – que reúne representantes dos 399 municípios para troca de informações, busca de soluções para coleta seletiva, reciclagem de materiais, logística reversa e outras alternativas.
Os indicadores encontrados nestas duas fontes mostram o percentual de municípios que possuem planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos e planos municipais de resíduos sólidos e saneamento.
Cooperativas de reciclagem
Além disso, o sistema permite consulta de dados de cooperativas de reciclagem existentes no Paraná, como por exemplo número de cooperados, montante gasto com salários e quantidade de material recolhido.
Assim, o usuário pode rapidamente ter um panorama da gestão de RSU, em uma visão por município e uma visão agregada por consórcio e R20.
De acordo com a secretaria, isso vai facilitar a tomada de decisões e a elaboração de políticas públicas voltadas para o tema.
Como os dados foram obtidos por meio de informações também dos próprios municípios, a solicitação de atualizações por meio dos agentes municipais responsáveis por RSU podem ser efetuadas via e-mail.
Ações para gestão de resíduos mais eficiente
De acordo com a SEDEST, essa ferramenta de gestão é mais uma das inúmeras contribuições da Sedest para ajudar as prefeituras na gestão de resíduos.
Em 2023, o Estado buscou ampliar a parceria para a logística reversa das embalagens de agrotóxicos pós-consumo. O objetivo foi aumentar a rastreabilidade das embalagens em circulação para que sejam descartadas de forma adequada.
No Paraná, o índice de devolução é de 99%. Somente no ano passado, foram 6,5 mil toneladas de embalagens recolhidas de maneira adequada.
O Paraná possui, também, quatro parcerias com entidades gestoras, com vigências até o ano de 2031, nas áreas de baterias de chumbo ácido e suas embalagens pós consumo; lâmpadas pós-consumo; papel e celulose e embalagens de aço.
Segundo dados do governo, em 2023 foram contabilizadas 15 mil toneladas de baterias pós-consumo recolhidas e 1,12 milhão de unidades de lâmpadas.
Fonte: AgênciaPR