Resíduos de milho têm destino sustentável em produção de revestimento para construção civil

revestimentos

O revestimento é produzido com espigas de milho, é biodegradável e futuramente poderá ser reciclado.

Os resíduos de milho estão sendo reaproveitados em uma oficina na Antuérpia, Bélgica, para produzir revestimentos para uso na construção civil.

O resíduo deu vida a uma matéria-prima que substitui plásticos e resinas de origem fóssil.

Assim, a Circular Matters se uniu ao especialista em materiais de construção sustentáveis ​​StoneCycling para acelerar o alcance de seus materiais de construção de base biológica, o futuro da construção sustentável, segundo a empresa.

Juntos, eles lançarão em breve seu primeiro produto de base biológica: CornWall®.

Resíduo altamente produzido

milho
Foto: ​​StoneCycling

A produção utiliza um processo de prensagem para criar o revestimento.

Ao aquecer o material orgânico até 150ºC, os polímeros da biomassa são ativados e formam ligações fortes, o que resulta num produto final forte e estável. 

Este processo de aquecimento é elétrico, alimentado por energia sustentável, principalmente proveniente de painéis solares instalados no telhado da unidade de produção. 

O processo de produção não requer combustíveis fósseis.

“Quando você cultiva milho para consumo humano, você tira o milho e a espiga é uma sobra porque não tem nenhum valor nutritivo. Normalmente, as espigas de milho ficam no campo e apodrecem, ou são queimadas como biomassa para gerar energia”, afirmou Ward Massa, cofundador da StoneCycling, ao site Dezeen, explicando que o foco no milho veio porque é uma das culturas mais cultivadas no planeta e seus resíduos são abundantes.

“Atualmente, na maioria dos projetos estão sendo utilizados produtos convencionais que requerem muita energia e matéria-prima no processo de fabricação. Especialmente para interiores de comércios e hotelaria, a cada 5 anos há uma renovação. Isto significa, muitas vezes, que os materiais de revestimento das paredes são demolidos e jogados fora. CornWall pode ser usado para aplicações semelhantes, mas é um produto sustentável que pode ser reciclado ou reutilizado 100%. Nesse sentido, nosso produto no final da vida útil não apresenta desperdício. Caso o produto não possa ser reutilizado, ele ainda é biodegradável, não deixando vestígios.” comentou Ward ao Archdaily.

Reciclagem

Foto: ​​StoneCycling

No futuro, a Circular Matters pretende criar um esquema de reciclagem, bem como de logística reversa, permitindo a devolução de produtos em fim de vida. Esses produtos podem então ser lixadas e convertidas 100% em um novo produto.

“Começaremos a produzir a coleção base CornWall® com uma textura, oito cores e dois tamanhos. Texturas adicionais de alta qualidade virão em breve. Opções personalizadas estão disponíveis para pedidos acima de 1.000 m².” comentou Warsa

Disponível na forma de ladrilhos e placas, o chamado CornWall pretende ser uma alternativa mais sustentável aos revestimentos cerâmicos para interiores ou laminados plásticos.

Além disso, o material é derivado de mais de 99% de fontes renováveis, desde a matéria-prima até as fontes de energia.

Após a prensagem e corte de precisão, é aplicado um revestimento à prova de água de base biológica que aumenta a durabilidade e a funcionalidade do material.

Para proporcionar uma longa vida útil aos produtos, as empresas produziram os ladrilhos com sistema de fixação mecânica, para que possam ser desmontados e reutilizados ou devolvidos à empresa.

Fonte: Archdaily

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