A Astroscale lançou no domingo, a empresa lançou com sucesso seu satélite ADRAS-J, com o objetivo de limpar o lixo espacial na órbita da Terra.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
A empresa Astrocale, com subsíduos da Agência Espacial Japonesa – JAXA lançou no domingo(25) um satélite que tem uma missão que se for realizada com sucesso será um marco.
O satélite ADRAS-J será responsável por limpar detritos espaciais, ou lixo espacial como é conhecido popularmente.
De acordo com uma publicação da Forbes, existem mais de 9.000 satélites orbitando a Terra atualmente e, até 2030, serão cerca de 60.000.
Esse lixo pode interferir nos satélites de comunicações, informações meteorológicas e outras notícias importantes para os habitantes terrestres.
Colisão de satélites
Devido aos números de lixo espalhados pela órbita do planeta, alguns astrofísicos se preocupem com o cenário teórico chamado “Efeito Kessler”, que é usado para descrever uma reação em cadeia interminável de colisões de satélites que, com o tempo, o que de acordo com especialistas, tornará quase impossível fazer qualquer coisa no espaço incluindo comunicações via satélite, previsão do tempo e GPS.
O satélite ADRAS-J está equipado com uma variedade de câmeras digitais, infravermelhas e outros sensores, que serão utilizados para avaliar o estado do foguete abandonado.
Após as medições, ele determinará a integridade estrutural do foguete. Posteriormente, a Astroscale utilizará esses dados para planejar uma segunda missão, envolvendo uma espaçonave equipada com braços robóticos que empurrarão os detritos em direção à atmosfera da Terra, onde serão queimados de maneira segura.
Se a Astroscale alcançar esse feito, será a primeira vez na história que detritos espaciais são removidos dessa forma.
Mercado de lixo espacial
A empresa tem se dedicado a alcançar esse marco desde sua fundação em 2013, representando a primeira missão de um negócio que aspira, eventualmente, oferecer serviços de reabastecimento e reparo de satélites existentes.
Até o momento, a Astroscale conseguiu angariar quase US$ 383 milhões em investimentos. No entanto, ela não está sozinha nessa empreitada.
De acordo com a Pitchbook, estima-se que startups voltadas para a gestão de detritos espaciais já tenham captado mais de US$ 860 milhões desde 2015.
Algumas dessas empresas são concorrentes da Astroscale, desenvolvendo suas próprias soluções para desorbitar satélites.
Outras, como a Leolabs, com sede na Califórnia, estão focadas em construir a infraestrutura necessária para auxiliar satélites a evitar detritos espaciais durante suas trajetórias.
Chris Quilty, analista da indústria espacial, compartilhou com a Forbes que o mercado precisará de um impulso significativo para motivar investimentos em empresas como a Astroscale.
A curto prazo, os fundos para missões de limpeza de detritos espaciais provavelmente dependerão do apoio governamental, de acordo com Quilty.
Fonte: Forbes