A necessidade de regulamentação é destacada pelo Corpo de Bombeiros devido aos potenciais riscos de incêndio, com chamas de difícil controle e emissão de gases tóxicos em espaços fechados.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo divulgou no dia 05 de abril, sua proposta de normas para recarga de veículos elétricos em garagens de condomínios residenciais e comerciais.
A minuta, publicada no Diário Oficial de São Paulo, está agora aberta para consulta pública.
O documento sugere uma série de medidas destinadas a garantir a segurança desses ambientes, considerando os potenciais riscos de incêndio associados às baterias de íon-lítio dos veículos elétricos.
Diretrizes de segurança
Entre as diretrizes propostas estão a instalação de ventiladores para renovação de ar, sensores de calor e chuveiros automáticos em estacionamentos fechados com pontos de carregamento.
Além disso, a reserva técnica de água para combate a incêndios precisará ser redimensionada.
Duas abordagens principais são sugeridas para mitigar os riscos: manter um espaço livre de cinco metros entre as vagas ou construir paredes corta-fogo para formar baias de recarga. Essas opções aplicam-se tanto a estacionamentos ao ar livre quanto a subsolos.
O texto também prevê a instalação de pontos de desligamento a uma distância de 20 a 40 metros dos plugues de carregamento. As normas definitivas devem entrar em vigor no início de 2025, e os condomínios terão de se ajustar às mudanças propostas.
Necessidade de regulamentação
A necessidade de regulamentação é destacada pelo Corpo de Bombeiros devido aos potenciais riscos de incêndio, com chamas de difícil controle e emissão de gases tóxicos em espaços fechados.
Em resposta, a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) planeja apresentar propostas ao Corpo de Bombeiros, buscando ajustes em pontos considerados excessivos.
De acordo com o presidente da associação, Ricardo Bastos, os veículos elétricos são equipados com controles de carga e temperatura das baterias, e que não há registros de incêndios no Brasil. Ele enfatiza a importância de reduzir a preocupação excessiva, argumentando que os carros elétricos são seguros.
Para Evandro Mendes, CEO da Eletricus, é necessário realizar mais estudos antes da implementação das normas definitivas. Ele destaca que as estatísticas de incêndios em carros elétricos são muito menores do que em veículos a combustão e sugere um embasamento mais robusto para evitar restrições ou complicações desnecessárias.
O Corpo de Bombeiros reforça que as propostas na minuta ainda podem ser modificadas e convida a sociedade a enviar sugestões para o e-mail dspciconsultapublica@policiamilitar.sp.gov.br, até o dia 04 de maio.
Fonte: Folha de São Paulo