Recorde Histórico: 2023 testemunha maior expansão de energias renováveis globalmente

energia limpa.

A liderança nesta expansão foi firmemente segurada pela China, que encabeçou tanto a instalação eólica em terra quanto a offshore, seguida de perto pelos Estados Unidos, Brasil e Alemanha.

Por: Redação Portal Sustentabilidade

2023 marcou um marco significativo na história da energia eólica, com a instalação de 116 gigawatts de nova capacidade em todo o mundo, conforme revelado pelo mais recente Relatório Eólico Global do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).

O aumento de 50% em relação a 2022 solidificou 2023 como o melhor ano já registrado para o desenvolvimento de novos projetos eólicos.

A liderança nesta expansão foi firmemente segurada pela China, que encabeçou tanto a instalação eólica em terra quanto a offshore, seguida de perto pelos Estados Unidos, Brasil e Alemanha.

Além disso, o forte crescimento nos Países Baixos contribuiu para um ano recorde na Europa, com a adição de 3,8 gigawatts de nova capacidade eólica offshore.

Avanço em diversos países

Oriente Médio
Foto: Reprodução/Pexels

O relatório destaca que, apesar do crescimento da energia eólica ser predominantemente observado em grandes países, outras regiões e nações testemunharam um notável avanço. Em 2023, África e o Oriente Médio adicionaram quase 1 gigawatt de capacidade de energia eólica, quase triplicando a capacidade do ano anterior.

Os autores do relatório enfatizam que o mundo está progredindo na direção correta no enfrentamento das mudanças climáticas. No entanto, alertam que o crescimento anual deve atingir pelo menos 320 gigawatts até 2030 para cumprir o compromisso estabelecido na COP28 de triplicar as energias renováveis até o final da década.

“É gratificante testemunhar o acelerado crescimento da indústria eólica, e estamos orgulhosos de alcançar um novo recorde anual, no entanto, é evidente que muito mais esforço precisa ser dedicado para desencadear esse crescimento,” afirmou o CEO da GWEC, Ben Backwell.

Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), sete nações atualmente obtêm toda a sua energia de fontes renováveis.

Mais de 99,7% da eletricidade gerada na Albânia, Butão, Etiópia, Islândia, Nepal, Paraguai e República Democrática do Congo provém de fontes como energia geotérmica, hídrica, solar ou eólica.

Fontes limpas

energia limpa
Foto: Reprodução/Pexels

A Noruega quase alcançou esse feito, com 98,38% de sua energia proveniente de fontes como vento, água e energia solar, conforme dados compilados pelo professor da Universidade de Stanford, Mark Jacobson.

Além disso, outros 40 países alcançaram a marca de pelo menos metade de sua eletricidade vindo de fontes renováveis durante os anos de 2021 e 2022, com 11 desses países situados na Europa.

Adicionalmente, nações como Alemanha e Portugal demonstraram a capacidade de operar totalmente com energia eólica, hídrica e solar por períodos breves.

Embora muitos desses países atualmente dependam em grande parte da energia hidroelétrica ou eólica, especialistas preveem que a energia solar poderá desempenhar um papel significativo em um futuro próximo. Com avanços tecnológicos e uma queda rápida nos custos, a energia solar tem se destacado como a principal impulsionadora da expansão da capacidade de energia renovável em 2023.

De acordo com dados, a energia solar representou 73% de todo o crescimento, seguida pela energia eólica com 24%. Atualmente, a energia solar compreende 37% da capacidade total de energia renovável em todo o mundo.

Um estudo conduzido em 2023 pela Universidade de Exeter e University College London prevê um “ponto de inflexão irreversível” para a energia solar, prevendo que ela se tornará a principal fonte de energia do mundo até 2050.

Fonte: Euronews

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