O método possibilita atingir níveis térmicos capazes de higienizar o lodo sem a necessidade de produtos químicos, reduzindo significativamente o tempo de tratamento.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
A Sanepar, Companhia de Saneamento do Paraná, recebeu uma remessa de 60 toneladas de um composto proveniente do Japão, destinado ao seu projeto de transformação de lodo de esgoto em fertilizante organomineral.
Originado na cidade japonesa de Mashiko, província de Tochigi, o material percorreu uma jornada de dois meses até chegar em Curitiba, desembarcando no dia 12 de abril.
A utilização deste composto está programada para iniciar em 30 dias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém.
Cooperação técnica
O projeto-piloto de compostagem do lodo terá a duração de 24 meses e resulta de um acordo de cooperação técnica firmado entre a Sanepar e a empresa Kyowa Kako Co. Ltda, reconhecida no Japão pelos seus processos avançados de tratamento de resíduos orgânicos de forma sustentável.
A tecnologia patenteada pela empresa japonesa permite a rápida decomposição biológica de resíduos orgânicos em condições controladas, utilizando microrganismos ativadores.
Esse método possibilita atingir níveis térmicos capazes de higienizar o lodo sem a necessidade de produtos químicos, reduzindo significativamente o tempo de tratamento.
Para a Sanepar, o uso deste composto ativador japonês representa uma nova metodologia para promover o uso sustentável do lodo de esgoto.
Biofertilizante
Claudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar, destacou: “Há mais de duas décadas, a Sanepar desenvolve o programa Uso Agrícola do Lodo, destinando o material a agricultores como adubo orgânico, com ganhos comprovados de produtividade. Agora, avançamos para o processo de transformação em biofertilizante. Esta cooperação com o Japão representa mais um passo nesse processo.”
O processo patenteado pela empresa japonesa faz a decomposição biológica acelerada de resíduos orgânicos em condições controladas, com o uso de microrganismos ativadores.
Esse método possibilita que se alcance patamares térmicos capazes de higienizar o lodo sem a aplicação de produtos químicos. Outra vantagem é a redução significativa do tempo de tratamento do lodo.
Na assinatura do termo de cooperação, Yasuhiro Matsuzawa, diretor-geral de Desenvolvimento de Negócios da Kyowa Kako e membro do Conselho Administrativo, expressou o objetivo de estabelecer uma parceria de referência nacional: “Esperamos que nossa tecnologia contribua para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Paraná, principalmente na redução de emissões de gases de efeito estufa, transformando o tratamento de esgoto em um modelo mais sustentável para o Brasil e o mundo.”
Fonte: Canal Rural