O Tesouro Nacional pretende repetir o sucesso da primeira, que captou US$ 2 bilhões no mercado internacional.
O Brasil está se preparando para lançar sua segunda emissão de títulos soberanos sustentáveis nos próximos meses, destinados a financiar projetos de economia circular e saneamento, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional em seu Relatório de Pré-Emissão, divulgado em 24 de maio.
Ao contrário da primeira emissão ocorrida em novembro do ano passado, que se concentrou em projetos de transporte limpo e energia renovável, desta vez estaremos enfatizando áreas não contempladas anteriormente, como a economia circular e o saneamento básico.
Investimento em projetos sustentáveis
O relatório estabelece que projetos ambientais receberão entre 50% e 60% dos recursos levantados no mercado externo, enquanto projetos sociais receberão entre 40% e 50%. Esses números seguem os limites estabelecidos no ano anterior.
Para os projetos ambientais, a distribuição será dividida em várias áreas, incluindo energia renovável, transporte limpo e controle de emissões de gases de efeito estufa, entre outros.
Já os projetos sociais se concentrarão principalmente no combate à pobreza e no acesso à infraestrutura básica, com destaque para o saneamento.
O Tesouro Nacional não divulgou uma estimativa específica de quanto espera arrecadar com essa segunda emissão, mas pretende repetir o sucesso da primeira, que captou US$ 2 bilhões no mercado internacional.
Rio Grande do Sul
O Tesouro ressaltou que os recursos obtidos com a emissão dos títulos verdes estão ajudando a financiar as ações de reconstrução no Rio Grande do Sul anunciadas pelo governo.
No entanto, destacou que a inclusão de novos projetos dependerá da conformidade com a legislação que regula a emissão de títulos sustentáveis.
Essa segunda emissão de títulos verdes segue o compromisso do Brasil com o meio ambiente e busca atrair investidores estrangeiros interessados em projetos sustentáveis, oferecendo uma taxa de retorno atrativa entre 6,15% e 8% ao ano.
A data exata do lançamento dependerá das condições do mercado internacional.
Fonte: Agência Brasil