Primeira fábrica de cimento do Brasil com Hidrogênio Verde será implantada no RN

Rio Grande do Norte

Contrato inédito fortalece a descarbonização da indústria cimenteira e posiciona o estado como referência em energia limpa no Brasil.

Por: Redação Portal Sustentabilidade

Na última quinta-feira (22), o Rio Grande do Norte deu um passo decisivo rumo à descarbonização e ao fortalecimento da economia sustentável.

Com um investimento de aproximadamente R$ 40 milhões, a CPFL Energia e a Mizu Cimentos, do grupo Polimix, anunciaram uma parceria para a implantação de uma planta de hidrogênio verde no Brasil voltada à produção de “cimento verde”, material fabricado com menos emissão de carbono.

Segundo o governo do RN, este contrato não apenas solidifica a parceria entre o setor público e privado, mas também reforça a posição do Rio Grande do Norte como referência nacional em energias renováveis e descarbonização.

Produção de “cimento verde”

cimenteira
Foto: Reprodução/Pexels

A unidade de produção de hidrogênio verde será instalada em Baraúna, onde a Mizu já emprega diretamente 370 pessoas e gera outros 1.500 empregos indiretos.

O projeto terá capacidade para produzir 1 megawatt, equivalente a 250 toneladas de hidrogênio por ano.

“Identificamos a indústria do cimento como um setor crucial e, com o apoio do Governo do Estado, decidimos investir R$ 43 milhões nesta planta de hidrogênio”, afirmou Gustavo Estrela, CEO da CPFL Energia.

Segundo o governo, o Rio Grande do Norte será o primeiro estado do Brasil a adotar o H2V. A previsão é que a planta, que funcionará dentro das instalações da Mizu, localizadas na cidade de Baraúna, no Oeste potiguar, comece a operar em 2027. O projeto visa substituir o petróleo pelo hidrogênio verde como combustível nos fornos da fábrica, contribuindo significativamente para a descarbonização do setor.

Produção mais sustentável

hidrogênio
Foto: Reprodução/Pexels

O evento também contou com a presença de Lan Heping, Cônsul geral da China, que parabenizou o Governo do RN e reafirmou o interesse do país asiático em ampliar as relações comerciais com o Brasil, especialmente com o Nordeste. Segundo ela, o RN se destaca como o maior parceiro comercial da China na região, um reconhecimento que pode ampliar as oportunidades de cooperação bilateral.

A assinatura do contrato foi acompanhada por diversos representantes da indústria e do empresariado, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, e outras autoridades locais e nacionais. Todos ressaltaram a importância deste contrato como um marco para o futuro da energia limpa e para o desenvolvimento socioeconômico do estado e do Brasil.

A planta de hidrogênio verde – desenvolvida pela CPFL e financiado pelo Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – deverá ser monitorada por um período de seis meses após o início da operação, previsto para 2027, para avaliar o impacto na redução das emissões de CO².

Estima-se que a produção de hidrogênio verde na planta da Mizu Cimentos possa reduzir as emissões em até 12,5 toneladas de CO² por ano, estabelecendo um novo padrão para a indústria de cimento no Brasil e contribuindo para as metas globais de combate às mudanças climáticas.

O acordo foi firmado pela governadora Fátima Bezerra, o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrela, e o CEO da Mizu, Roberto de Oliveira. Além deles, participaram da assinatura o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, e o secretário adjunto, Hugo Fonseca.

Fonte: Agora RN

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