Fenômeno raro criará o efeito “anel de fogo” no céu e poderá ser observado ao pôr do sol; transmissão ao vivo será realizada pelo Observatório Nacional.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
Na próxima quarta-feira (2), observadores localizados no sul das regiões sudeste e centro-oeste, além de toda a região sul do Brasil, terão a oportunidade de presenciar um eclipse anular do Sol.
O fenômeno ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, criando o efeito conhecido como “anel de fogo”. Isso acontece porque a sombra da Lua não cobre completamente o Sol, apesar de estar mais próxima da Terra.
O eclipse será visto como anular em uma faixa estreita que cruza o Oceano Pacífico, Atlântico e o extremo sul da América do Sul, incluindo partes do Chile e da Argentina.
Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), “quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada”.
Como o eclipse ocorre
Em um eclipse anular ou total, a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, bloqueando parcial ou completamente a luz solar em determinadas regiões da Terra. A sombra mais escura, chamada de umbra, é onde toda a luz solar é bloqueada. Já ao redor dessa sombra forma-se a penumbra, onde o eclipse é observado de forma parcial.
Nascimento explica que “esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, o que a faz parecer menor do que o Sol no céu”.
Eclipses solares ocorrem, em média, duas vezes por ano, podendo ser parciais, anulares ou totais. O último eclipse anular registrado foi em 14 de outubro de 2023 e pôde ser visto em parte do Brasil.
Observação segura
Para aqueles que desejam observar o eclipse, é essencial tomar precauções. Segundo Josina, “em hipótese alguma olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-X ou filtros caseiros não protegem contra danos”.
Filtros certificados, como óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14, são recomendados.
Além disso, a observação será mais proveitosa em locais com vista desimpedida para o oeste, próximo ao pôr do sol.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingindo o máximo às 17h42, com o pôr do sol previsto para as 17h52.
Transmissão ao vivo
Para aqueles que não puderem acompanhar o fenômeno presencialmente, o Observatório Nacional realizará uma transmissão ao vivo em parceria com astrônomos do projeto Céu em sua Casa e a organização internacional Time and Date, especializada em fenômenos astronômicos.
A transmissão estará disponível no canal do YouTube do Observatório Nacional, permitindo que entusiastas de todo o mundo possam acompanhar esse raro espetáculo astronômico.
Fonte: Agência EBC