Segundo Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos, para acompanhar esse movimento, é preciso criar projetos que integrem essas inovações e beneficiem os cidadãos.
As cidades inteligentes estão remodelando a maneira como os espaços urbanos são criados, impactando profundamente o setor imobiliário.
Esse novo conceito, baseado em uma infraestrutura digital avançada, combina tecnologia, análise de dados e sensores para otimizar a gestão de recursos e serviços.
O impacto no mercado imobiliário vai além da valorização dos imóveis, redefinindo as necessidades de quem vive e trabalha nesses espaços, além de promover qualidade de vida, segurança e sustentabilidade.
Mercado em crescimento
Segundo estudo da Mordor Intelligence, o mercado global de cidades inteligentes está projetado para crescer de US$1,36 trilhão em 2024 para US$3,84 trilhões até 2029, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 23,21% durante esse período.
Esse aumento é impulsionado pela adoção de soluções como mobilidade, segurança pública, saúde, edifícios e serviços públicos inteligentes, além do uso de tecnologias avançadas, como inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT).
De acordo com Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos, empresa especializada em desenvolver projetos residenciais e comerciais de alto padrão, um dos pilares dessas cidades é o uso de sensores conectados em tempo real. “Esses dispositivos coletam dados sobre o tráfego, o clima e o consumo de energia, permitindo uma gestão mais eficaz e facilitando a criação de projetos que otimizam o uso de recursos, como água e eletricidade, ajustando a demanda de acordo com o fluxo de pessoas e eventos específicos, como shows ou jogos de futebol”, revela.
Integração com os moradores
A conectividade entre diferentes sistemas urbanos é essencial nas cidades inteligentes.
“A interligação das redes de transporte, energia e comunicação permite uma gestão mais fluida e eficiente. Para o setor imobiliário, isso se traduz em empreendimentos que precisam ser adaptáveis e conectados, oferecendo infraestrutura que facilite a interação entre moradores e os serviços públicos, como transporte e coleta de lixo, de forma personalizada”, pontua.
A sustentabilidade também se destaca nas cidades inteligentes, com práticas que promovem o uso racional de recursos. A gestão de resíduos e o controle eficiente da iluminação pública são exemplos claros de como a tecnologia pode otimizar o funcionamento urbano.
“Imóveis que adotam essas inovações diminuem o impacto ambiental e atraem moradores que valorizam iniciativas voltadas à preservação do meio ambiente”, declara.
Segurança pública e qualidade de vida
Para Diogo, outro benefício significativo é o aumento da segurança.
“Serviços de emergência, como ambulâncias e bombeiros, chegam aos locais necessários utilizando rotas otimizadas e ajustadas conforme a necessidade. Esse tipo de eficiência melhora diretamente a vida dos cidadãos, fortalecendo a confiança nos serviços públicos e criando um ambiente mais seguro e agradável”, relata.
O futuro das cidades inteligentes
O especialista afirma que cidades como Singapura e Dubai já são exemplos vivos de como a tecnologia pode transformar a vida urbana, otimizando desde o trânsito até a segurança pública.
“No Brasil, embora o movimento ainda esteja em estágio inicial, ele já influencia o planejamento de novos empreendimentos. À medida que as cidades se adaptam a essa nova realidade, o mercado imobiliário precisa acompanhar essa evolução, criando projetos que integrem essas inovações e beneficiem tanto moradores quanto investidores”, finaliza.
Por: Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos.
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