Nova unidade produzirá até 222 mil m3 de etanol/ano com geração de 300 empregos diretos e indiretos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões, com recursos do Fundo Clima, para a Alvorada Bioenergia, do Grupo Agrícola Alvorada, implantar uma usina de produção de etanol à base de milho no município de Canarana (MT).
A nova unidade terá capacidade estimada de produzir, por ano, até 222 mil m3 de etanol, 147 mil toneladas de grãos secos de destilaria (DDGS – dried distillers grains, em inglês) e 8 mil toneladas de óleo bruto.
Para o projeto e a construção da planta, a Alvorada empregará tecnologia inédita no Brasil, fornecida pela alemã Volgelbush, e que foi empregada com sucesso na implantação de usinas de etanol em Córdoba, na Argentina, em Mount Vernon, Indiana (EUA) e em Ravenna, Nebraska (EUA).
Combustível sustentável

O etanol de milho é considerado um combustível sustentável por várias razões que o tornam uma alternativa viável aos combustíveis fósseis, como a gasolina.
Uma das principais vantagens do etanol de milho é a significativa redução nas emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), em comparação com combustíveis fósseis.
Durante o ciclo de vida do etanol, o milho absorve CO2 da atmosfera durante o crescimento, compensando parte das emissões geradas na queima do combustível. Embora o processo de produção e transporte também gere emissões, o balanço final de gases de efeito estufa é muito menor em relação aos combustíveis tradicionais.
Além disso, o milho é um recurso agrícola que pode ser cultivado anualmente, o que garante um suprimento constante e renovável, contribuindo para a sustentabilidade e reduzindo a dependência de fontes não renováveis.
Esses fatores, somados à crescente demanda por soluções energéticas mais limpas, fazem do etanol de milho uma alternativa sustentável e estratégica para a transição energética global.
Emprego e renda

A nova usina será o primeiro empreendimento industrial de grande porte localizado no entorno da BR-158, região que hoje se caracteriza por ter a pecuária de gado bovino como principal atividade econômica.
Além de garantir uma demanda constante pelo milho armazenado e comercializado pela Alvorada, a nova planta contribuirá para a geração de emprego e renda nas comunidades próximas, estimulando a economia da região oeste do Mato Grosso. Serão gerados cerca de 300 empregos diretos e indiretos.
“O Novo Fundo Clima tem como uma das suas diretrizes a produção de biocombustíveis numa ação estratégica para o esforço de descarbonização da economia, contribuindo para reduzir a emissão de poluentes atmosféricos e evitar a emissão de gases de efeito estufa”, explica
“A fábrica de etanol de milho será um marco tanto para a nossa empresa quanto para o Vale do Araguaia, que ganhará uma nova referência em produção de energia renovável”, afirma Jarbas Weis, CEO da Alvorada Bioenergia.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luís Gordon, “o projeto de implantação da nova usina de etanol de milho também está alinhado à política industrial que dá prioridade de financiamento de soluções tecnológicas para a descarbonização do setor de transportes brasileiro.”
Com informações do BNDES