Secretaria de Meio Ambiente oferece cartilha e suporte técnico para auxiliar prefeituras goianas na expansão da coleta seletiva e promoção do desenvolvimento sustentável.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
Em cumprimento ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos (instituído pelo Decreto Federal 11.043/2022), aproximadamente 46% dos municípios de Goiás já implementaram sistemas de coleta seletiva, conforme dados das próprias prefeituras fornecidos à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-GO).
A secretaria atua para que os demais 54% dos municípios goianos implementem suas próprias estratégias de coleta seletiva, fornecendo suporte técnico e uma cartilha gratuita disponível no site da Semad, que orienta sobre o planejamento e execução desses sistemas.
Importância da coleta seletiva
Renata Ribeiro, responsável pela Gerência de Regionalização de Resíduos Sólidos da Semad, reforça a importância de alcançar todos os municípios goianos nesse processo.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei nº 12.305/2010), os municípios devem incluir, em seus Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, iniciativas de redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos para diminuir a quantidade de rejeitos destinados a aterros. Esses planos são fundamentais para o acesso a recursos federais destinados a projetos de limpeza urbana e manejo de resíduos.
A cartilha da Semad, com 24 páginas, abrange desde princípios básicos da coleta seletiva até modelos de prestação de serviços, abordando conceitos essenciais sobre a coleta de recicláveis secos – papel, plástico, metal e vidro – e materiais orgânicos.
“Queremos alcançar os outros 54%, que ainda têm esse desafio pela frente”, afirma Renata. Além disso, municípios que implantarem a coleta seletiva com participação de cooperativas ou associações de catadores terão prioridade no acesso aos recursos da União, conforme determinado pela PNRS.
Dados de Coleta Seletiva em Goiás
O “Relatório de Monitoramento do Plano Estadual de Resíduos Sólidos”, publicado pela Semad em agosto deste ano, apresenta um panorama detalhado da gestão de resíduos no estado.
Entre os municípios que já adotaram a coleta seletiva, 15% realizam o processo exclusivamente com catadores, 9% adotam o método porta a porta, e 5% utilizam Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).
Estes dados evidenciam os diferentes modelos de operação da coleta seletiva em Goiás e a diversidade de estratégias adotadas conforme as realidades locais.
Andréa Vulcanis, secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, destaca que a coleta seletiva é uma medida estratégica que exige constante atualização e engajamento dos gestores municipais e da população. “Um sistema de coleta seletiva é um processo estratégico e deve estar em constante atualização”, afirma Andréa. Ela acrescenta que o desenvolvimento sustentável e o cumprimento dos princípios constitucionais exigem ações locais para promover impactos globais e garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Ao apoiar e fomentar a implementação da coleta seletiva, e acordo com Semad-GO, visa reforçar a sustentabilidade no estado, promovendo a inclusão de cooperativas de catadores e impulsionando práticas sustentáveis que beneficiem toda a população.
Fonte: SEMAD