Crescimento do mercado de imóveis ecológicos leva construtoras a adotar práticas que aliam responsabilidade ambiental e vantagens econômicas.
Em um momento de crise climática, questões relacionadas ao impacto ambiental são abordadas em todos os setores.
No caso da construção civil, a área enfrenta uma crescente demanda por empreendimentos que minimizem as consequências negativas no meio ambiente e promovam a economia de recursos.
Esse movimento beneficia o planeta ao mesmo que abre um leque de oportunidades para as construtoras, que estão investindo em práticas sustentáveis e tecnologias verdes para atender a esse novo perfil de consumidor.
Estratégia competitiva
A adoção de materiais ecológicos, energias renováveis e métodos de otimização de recursos não é mais apenas uma escolha ética, mas sim uma estratégia competitiva que agrega valor aos empreendimentos e atrai um público cada vez mais exigente e consciente.
No Brasil, construtoras estão rapidamente adaptando seus processos e projetos para atender a esse novo cenário. As empresas investem em soluções que vão do uso de concreto reciclado e materiais biodegradáveis a blocos de adobe e painéis solares, práticas que reduzem o impacto ambiental e garantem durabilidade e economia para os proprietários.
De acordo com Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos, empresa especializada em desenvolver projetos residenciais e comerciais de alto padrão, as casas sustentáveis, quando pensadas desde o projeto arquitetônico, podem ser construídas com materiais alternativos e menos agressivos à natureza – seja na fabricação ou, depois, na demolição. “Isso ajuda a reduzir o impacto ambiental da construção civil, um dos setores que mais poluem o meio ambiente,” explica.
As vantagens da sustentabilidade na construção civil
Além dos materiais sustentáveis, a otimização de recursos naturais é outra prioridade nos novos projetos. O uso de fontes de energia renovável, como a energia solar, está ganhando espaço nas construções, com a instalação de painéis solares para geração de eletricidade e aquecimento de água, assim como o reuso de água da chuva para diversas aplicações, como jardinagem e limpeza.
“Essas práticas garantem economia expressiva nas contas mensais e aumentam o apelo ecológico dos imóveis, um diferencial valorizado tanto pelos consumidores quanto por investidores”, pontua o especialista.
A sustentabilidade na construção civil também traz oportunidades financeiras concretas, como incentivos fiscais para empreendimentos ecologicamente responsáveis. No Brasil, o IPTU Verde, disponível em algumas cidades, oferece descontos de até 20% em impostos para construções que adotem práticas ecoeficientes, como sistemas de captação e reuso de água e o uso de placas solares.
Essas vantagens fiscais, somadas à economia de longo prazo em recursos, tornam o investimento nesse tipo de imóvel uma opção financeiramente vantajosa e reforçam a atratividade desse modelo para as construtoras.
“Cada vez mais empresas do setor aderem a programas de certificação ambiental, como a LEED, que atesta o desempenho sustentável dos empreendimentos e valoriza sua imagem junto ao consumidor. Com o aumento das exigências por construções mais verdes, o setor encontra nas práticas sustentáveis uma resposta ao desafio ambiental, mas também uma forma de modernizar seu portfólio, aumentar a competitividade e agregar valor aos imóveis”, conclui.
Por: Diogo Zambetta, engenheiro civil com ampla experiência no desenvolvimento imobiliário.
Co-fundador e Diretor Técnico da Zambetta Empreendimentos, o foco do especialista é na incorporação de empreendimentos residenciais e comerciais de alto padrão. Ao longo de sua trajetória, Diogo esteve à frente de projetos que combinam inovação tecnológica e arquitetura de excelência, destacando-se pela criação
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