Geração Distribuída chega a 34 GW com expansão de modelo em residências, comércios e propriedades rurais

energia distribuída

O Brasil alcançou um marco histórico na produção de energia renovável em novembro: 34 gigawatts (GW) de energia gerados no modelo de Geração Distribuída (GD).

Grande parte dessa energia vem de painéis solares instalados em casas, comércios e propriedades rurais, consolidando o país como um dos líderes globais em geração própria de eletricidade.

O que é a GD?

geração distrbuída
Foto: Reprodução/Pexels

A geração distribuída de energia é um modelo de produção de energia elétrica realizado próximo ao local de consumo, diferentemente da geração centralizada, que envolve grandes usinas e a necessidade de transmissão por longas distâncias. Essa modalidade utiliza, predominantemente, fontes renováveis como solar, eólica, biomassa, pequenas hidrelétricas e sistemas de cogeração, que produzem energia elétrica e calor de forma simultânea.

Um dos principais benefícios da geração distribuída é a redução de perdas no transporte de energia, uma vez que a produção acontece próxima ao ponto de uso.

Além disso, promove a sustentabilidade ao incentivar o uso de fontes limpas e renováveis, proporcionando economia para o consumidor, que pode reduzir os custos com energia e, em alguns casos, até gerar créditos ao injetar o excedente produzido na rede elétrica pública. Isso ocorre por meio do sistema de compensação de energia, onde o consumidor recebe descontos em sua conta com base na energia excedente fornecida à rede.

“A GD reduz as emissões de gases de efeito estufa, fortalece o combate às mudanças climáticas e dá mais independência energética aos consumidores, além de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico”, explica Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Redução nas emissões

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Foto: Reprodução/Pexels

Segundo a ABGD, os 34 GW gerados evitam a emissão de 30,6 milhões de toneladas de CO₂ por ano. Isso ocorre porque fontes como a solar não produzem gases poluentes, ao contrário de combustíveis fósseis. “A GD tem impacto direto na qualidade do ar, no combate ao aquecimento global e na promoção de um futuro mais sustentável”, reforça Evangelista.

Residências lideram a produção de energia limpa, representando 48,5% do total gerado. Comércio (28,8%), áreas rurais (14,04%) e indústrias (7,3%) também contribuem de forma significativa.

Os estados de São Paulo (4,8 GW), Minas Gerais (4,3 GW) e Rio Grande do Sul (3,1 GW) estão no topo do ranking em capacidade instalada, impulsionados por políticas locais e pelo interesse crescente dos consumidores.

“A expansão da GD descentraliza a geração de energia e garante que os benefícios cheguem a cada vez mais brasileiros”, afirma Evangelista.

Com informações da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

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