Unidade em Bebedouro (SP) terá capacidade para produzir mais de 50.000 Nm³/dia de biogás.
Por: Redação Portal Sustentabilidade
A Louis Dreyfus Company (LDC) realizou no dia 11 de março a cerimônia de pedra fundamental de sua nova unidade de produção de biogás no município de Bebedouro, em São Paulo. O empreendimento, que reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a inovação, será a primeira planta brasileira desse porte e a maior do mundo capaz de gerar energia verde a partir do tratamento de efluentes cítricos.
A nova unidade ocupará uma área construída de aproximadamente 195.000 m² e terá capacidade para tratar cerca de 400 m³/h de efluentes cítricos, além de produzir mais de 50.000 Nm³/dia de biogás. Com isso, a empresa busca substituir o uso de combustíveis fósseis e reduzir em mais de 20% a emissão de CO₂ da planta industrial de Bebedouro. A expectativa é que a construção seja concluída até o final do primeiro semestre de 2026.
Biotecnologia inovadora e impacto ambiental positivo

A iniciativa faz parte da estratégia global da LDC para descarbonizar sua cadeia produtiva e minimizar impactos ambientais. Para alcançar esses objetivos, a empresa desenvolveu uma biotecnologia inovadora baseada no uso de um inóculo específico, capaz de decompor a carga orgânica dos efluentes cítricos e transformá-los em biogás.
Além disso, após o tratamento, 100% da água será devolvida aos recursos hídricos, contribuindo para a preservação ambiental e a eficiência no uso da água . Segundo Paulo Hladchuk, Head Global da Plataforma de Sucos da LDC, cada aspecto da nova planta foi projetado para maximizar o impacto ambiental positivo e aumentar a eficiência dos recursos naturais.
“O projeto contribui para nosso compromisso global de redução das emissões de CO₂, promovendo a descarbonização da cadeia produtiva. Também reforça nosso comprometimento de longo prazo com o setor citrícola do Brasil e com as comunidades onde operamos, como Bebedouro, onde estamos presentes há mais de 30 anos”, destacou Hladchuk.
Fase de testes e desenvolvimento da planta

Para garantir a viabilidade do projeto, a empresa envolveu especialistas da América Latina no desenvolvimento de uma fase piloto. Durante os testes, diferentes inóculos foram avaliados, levando em consideração a quantidade de biogás gerada e a eficiência na redução da carga orgânica dos efluentes.
Juliana Pires, Head Global de Indústria e Qualidade da Plataforma de Sucos da LDC, explicou que o projeto superou as expectativas iniciais. “Adotamos critérios rigorosos de viabilidade, baseados nos padrões do mercado. Nossos testes demonstraram uma redução da carga orgânica até 15% superior à meta estipulada, o que reforça o potencial do projeto para gerar energia limpa e sustentável”, afirmou.
O portfólio da empresa vai além dos sucos de laranja e limão, incluindo ingredientes naturais From The Named Fruit (FTNF), como óleos e essências cítricas prensadas a frio, além de casca seca para extração de pectina e pellets de polpa cítrica utilizados na nutrição animal. Esses produtos atendem indústrias de bebidas, alimentos, química, farmacêutica e de nutrição animal.
Com a nova planta de biogás, a LDC pretende fortalecer seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, investindo em tecnologias que impulsionam a transição para uma economia mais verde e eficiente.
Fonte: LDC