Energia solar distribuída atinge 5 milhões de imóveis no Brasil e se consolida como segunda maior fonte elétrica

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Crescimento de 42,86% em um ano impulsiona setor, que já representa 22,2% da matriz elétrica nacional; desafios ainda incluem barreiras regulatórias e expansão do acesso.

​A geração distribuída de energia solar no Brasil atingiu a marca de 5 milhões de imóveis em março de 2025, conforme levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Este crescimento representa um aumento de 42,86% em relação ao mesmo período de 2024. ​

Com essa expansão, a modalidade alcançou 37,4 gigawatts (GW) de potência instalada no país. Somando-se a capacidade das grandes usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que totalizam 17,6 GW, a fonte solar atingiu 55 GW no Brasil.

Isso corresponde a 22,2% da matriz elétrica brasileira, posicionando-a como a segunda maior fonte de energia do país, atrás das hidrelétricas (44,6%) e à frente da eólica (13,4%). ​

Crescimento do setor

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Foto: Reprodução/Pexels

Desde 2012, o setor de energia solar trouxe ao país mais de R$ 251,1 bilhões em novos investimentos, gerou 1,6 milhão de empregos e contribuiu com mais de R$ 78 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. ​

Entre as unidades consumidoras abastecidas pela geração distribuída, as residências lideram com 69,2% do total, seguidas pelos comércios (18,4%) e propriedades rurais (9,9%). Minas Gerais destaca-se como o estado com o maior número de unidades atendidas pela geração própria solar, com mais de 900 mil. São Paulo e Rio Grande do Sul seguem na sequência, com 756 mil e 468 mil unidades, respectivamente. ​

Entre janeiro e março de 2025, período marcado por uma onda de calor extremo que elevou o consumo de energia, foram instalados mais de 147 mil sistemas solares pelos consumidores, abastecendo cerca de 228,7 mil imóveis e adicionando 1,6 GW de potência ao sistema. ​

Apesar do crescimento expressivo, o setor enfrenta desafios como a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes compulsórios de geração renovável (curtailments), o que gera insegurança jurídica e aumenta a percepção de risco. Além disso, há barreiras à conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, muitas vezes sem estudos técnicos que comprovem eventuais sobrecargas na rede. ​

Ainda vale o investimento?

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Foto: Reprodução/Pexels

A Absolar destaca que, apesar do avanço, a participação da geração própria solar ainda é de apenas 5% frente às 93,9 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo brasileiro. Com a queda de mais de 50% no preço dos painéis solares nos últimos dois anos, o momento é considerado favorável para investimentos em sistemas fotovoltaicos em residências, empresas e propriedades rurais. ​

Para ampliar ainda mais o setor, a Absolar defende a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (Rebe), visando solucionar desafios enfrentados pela geração distribuída solar, como as alegações de inversão de fluxo de potência. ​

O custo de instalação de um sistema de energia solar residencial no Brasil varia conforme o tamanho do sistema e o consumo energético da residência. Em média, o investimento inicial pode variar entre R$ 10.000 e R$ 30.000. Com a economia gerada na conta de luz, o retorno do investimento geralmente ocorre entre 3 a 7 anos, dependendo do consumo e da localização da residência. ​

Especialistas ressaltam que, apesar de possíveis aumentos nos custos de instalação devido a mudanças tributárias previstas para 2025, a energia solar continua sendo uma alternativa vantajosa a longo prazo, proporcionando economia e contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

Fonte: Isto É Absolar

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