BNDES-Fundo Clima desembolsa R$ 100 milhões para restauração florestal com Mombak

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Parceiros no Fundo Clima, BNDES e MMA também atuam juntos no Arco da Restauração, que busca recuperar 24 milhões de ha de florestas até 2050.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a primeira operação para reflorestamento com recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Novo Fundo Clima). O financiamento, no valor total de R$ 100 milhões (R$ 80 milhões do Fundo Clima e R$ 20 milhões da linha BNDES Finem) e viabilizado por fiança bancária do Santander, será destinado à Mombak, startup de remoção de carbono, que vai investir no reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia, com foco na recuperação da biodiversidade e na remoção de carbono em larga escala.

Com o apoio do Fundo Clima, a Mombak expandirá suas iniciativas no Pará, fortalecendo o modelo de parcerias com proprietários locais. A projeto permitirá captura de carbono de alta integridade e incentivará a economia local ao gerar empregos e impulsionar a cadeia produtiva do reflorestamento. A área beneficiada compreende parte do Arco da Restauração, território crítico de desmatamento, que vai do leste do Maranhão ao Acre, passando pelo sul do Pará, Mato Grosso e Rondônia.

Fundo Clima

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Foto: Reprodução/Pexels

Criado em 2009 e reformulado recentemente, o Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Ele se constitui em um fundo vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) com a finalidade de garantir recursos para apoio a projetos que tenham como objetivo o enfrentamento às mudanças climáticas.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a primeira operação do Novo Fundo Clima para restauro florestal é simbólica. “É um marco da atuação do governo federal no reflorestamento da Amazônia e da atuação do BNDES como impulsionador de um novo mercado, de um novo caminho para o desenvolvimento do Brasil”, ressaltou. “Estamos reconstruindo florestas, mantendo a biodiversidade, gerando empregos e renda para população e ajudando o planeta”, disse.

O BNDES tem como uma de suas prioridades o Arco da Restauração, projeto de reconstrução das florestas, coordenado pelo MMA, que envolve um conjunto de atores – setor público federal, estados, municípios, iniciativa privada e agricultura familiar camponesa –, para restaurar as áreas mais desmatadas da Amazônia. O Arco da Restauração visa a recuperação de 6 milhões de hectares de florestas até 2030.

Remoção de carbono

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Foto: Reprodução/Pexels

Peter Fernandez, CEO e cofundador da Mombak, considera o apoio financeiro do Banco como um marco para o setor de remoção de carbono no Brasil. “Reforça que o reflorestamento não é apenas uma prioridade ambiental, mas também um negócio escalável com forte demanda de mercado”, ponderou. “Ao concretizar a primeira operação desse tipo por meio do Novo Fundo Clima, demonstramos o potencial do Brasil para liderar a indústria global de remoção de carbono”.

Leonardo Fleck, head sênior de Sustentabilidade do Santander Brasil e co-lead de natureza e biodiversidade do Grupo Santander, enxerga um “enorme potencial” das “soluções baseadas na natureza” no país. “Mas elas precisam de soluções inovadoras de financiamento para que possam decolar”, observou. “Trabalhamos desde o lançamento da linha para restauração do BNDES na busca de soluções que se alinhem com o modelo de negócios dos clientes e os requisitos de mitigação de riscos financeiros. Ficamos felizes em contribuir com o primeiro desembolso da linha para a Mombak”.

A Mombak já captou US$200 milhões para projetos de remoção de carbono no Brasil. A empresa plantou milhões de árvores nativas no Pará, gerando empregos diretos e indiretos e fortalecendo a cadeia do setor. O financiamento pelo Novo Fundo Clima representa um passo importante na conexão entre capital privado e projetos ambientais de larga escala.

A empresa atraiu investimentos de instituições internacionais, como o Banco Mundial, e fechou contratos com grandes compradores corporativos, incluindo Microsoft, Google e McLaren Racing.

Com informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

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