Escola pública de SP representa o Brasil em Prêmio Jovem da Água de Estocolmo

Alunos de Química vão representar Brasil em etapa internacional do prêmio

O trabalho que venceu a etapa nacional identificou na casca de laranja uma substância que pode substituir o produto tóxico que é aplicado para eliminar a turbidez da água.[Foto:ETEC Irmã Agostina]

Uma escola pública de São Paulo vai representar o Brasil na etapa internacional do ‘Prêmio Jovem da Água de Estocolmo’, após vencer a etapa nacional da competição.

A apresentação final dos projetos ocorreu no dia 5 de junho, pela plataforma digital da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), organizadora do evento.

O trabalho vencedor foi ‘Atividade biofloculante da pectina extraída da casca da laranja para tratamento de efluentes líquidos’, desenvolvido pelos alunos Daniel Santos e Iago Martins, do curso técnico em Química, na Escola Técnica Estadual (Etec) Irmã Agostina.

Eles identificaram na casca da fruta uma substância, chamada pectina, que pode substituir o produto tóxico que geralmente é aplicado para eliminar a turbidez da água.

A etapa internacional do prêmio está programada para agosto, durante a Semana Internacional da Água, em Estocolmo, capital da Suécia.

O professor e orientador do projeto, Alexandre Barros, afirma que a conquista dos estudantes reforça a importância da educação pública de qualidade.

Para o estudante Iago Martins, o resultado do prêmio evidencia o alto nível técnico, a qualidade de ensino e infraestrutura das escolas técnicas.

“Além de ser uma credencial para um futuro processo seletivo de emprego ou em algum projeto de pesquisa”, diz.

ETEC Irmã Agostina, em São Paulo.
[ETEC Irmã Agostina, em São Paulo. Foto: Centro Paula de Souza]

A Etec Irmã Agostina está construindo uma trajetória na premiação. Neste ano, a escola participou da final com dois projetos.

Em 2019, a unidade também foi a vencedora da final nacional e representou o Brasil na etapa internacional da competição.

Etapas da competição

Os finalistas da edição deste ano participaram de dois processos de avaliação: a sabatina com os jurados, realizada no dia 30 de maio, e a apresentação final, com transmissão ao vivo pela internet.

Na última fase foram avaliados os quesitos relevância do tema, criatividade, metodologia, conhecimento do assunto, habilidades práticas, apresentação e qualidade do relatório.

O coordenador do evento, o tecnólogo Álvaro Diogo, destacou o alto nível dos trabalhos e afirmou que a diferença de pontos entre os cinco finalistas foi pequena.

“Um dos destaques desta edição foi a significativa participação das mulheres e isso reitera a tendência da presença feminina na ciência”, constata.

O prêmio

O Prêmio Jovem da Água de Estocolmo reúne jovens inovadores entre 15 e 20 anos do mundo todo, encorajando seu interesse em desafios relacionados à água e sustentabilidade.

Criado em 1997 pelo Instituto Internacional de Águas de Estocolmo (SIWI), o prêmio é organizado anualmente em duas etapas: uma nacional, realizada em cada um dos países participantes, e uma internacional, na qual ocorre a grande final.

No Brasil o prêmio é realizado desde 2017.

A competição conta com a participação de milhares de jovens de mais de 30 países. A etapa internacional ocorre em Estocolmo na Suécia, durante a Semana Mundial da Água de Estocolmo.

Fontes: Governo de São Paulo e ABES.

 

 

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