Ilha de Policogeração Sustentável é desenvolvida no Rio de Janeiro

policogerador

Ilha de Policogeração foi desenvolvida por estudantes de universidade renomada no país

Uma Ilha de Policogeração Sustentável está em operação na UFRJ desde a última segunda-feira (23).

A ilha é capaz de gerar simultaneamente, eletricidade, água destilada e biodiesel, por exemplo.

O objetivo é atender demandas de energia em áreas remotas.

Funcionamento da ilha

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Sistema da Ilha de Policogeração – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O sistema de policogeração une o uso de energia solar com a recuperação de calor, que às vezes, se perde nos processos, sendo descartado.

Conforme relato dos pesquisadores, o sistema usa micro-trocadores de calor e dessalinização de água via destilação por membrana.

De acordo com a coordenadora do projeto, a professora Carolina Naveira-Cotta, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe, a proposta vai além de descentralizar a geração de energia elétrica.

Como resultado, o policogerador, pode atender a demanda de eletricidade em regiões remotas, combinando parte da energia elétrica gerada e do calor absorvido em coletores solares, ou recuperado de outros processos.

Dessa forma, gera insumos essenciais à qualidade de vida nessas regiões, como água, biocombustível, frio, aquecimento, dentre outros.

Instalação

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A pesquisadora do projeto, Cristiane Mesquita – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Projeto está em desenvolvimento no Laboratório de Nano e Microfluidica e Microssistemas (LabMEMS), chefiado por Carolina e conta com a participação de 15 pesquisadores, atualmente.

Na ilha, existe uma instalação de placa fotovoltaica, com capacidade de gerar 5 quilowatts de energia elétrica e oito quilowatts de energia térmica recuperáveis.

Além disso, a ilha tem três conjuntos de coletores solares, para aquecimento de água.

A vantagem desse sistema, por exemplo, é o uso do calor recuperado em processo de destilação.

No protótipo, esse calor produz cerca de 1.000 litros de água destilada por dia, a partir de água salobra.

O calor recuperado pode ser utilizado em outros processos secundários.

Dentre eles, na produção de biodiesel, no condicionamento de ar em ambientes ou em refrigeradores, diretamente para aquecimento predial em regiões com grandes amplitudes térmicas diárias.

Objetivo socioambiental

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Os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento da Ilha – Foto: Reprodução/Pexels

De acordo com os pesquisadores, a ilha pode auxiliar pessoas em comunidades remotas, a ter acesso a água limpa e eletricidade, ao mesmo tempo em um único sistema.

Somente o protótipo pode fornecer energia elétrica para 25 residências, e o dessalinizador pode fornecer água potável para 100 pessoas por dia.

O semiárido nordestino sofre com falta de água doce, e algumas regiões não têm acesso a energia elétrica.

Cerca de 900 famílias fazem parte de um programa assistencial que capta a água salobra do poço típica do sertão nordestino.

O processo de dessalinização é feito por osmose reversa, e o rejeito de água salgada vai para piscinas para cultivo de erva-sal para caprinos e criação de tilápia, em colaboração com a Embrapa.

Dessa maneira, Carolina entende que a Ilha de policogeração, pode ser um aliado do programa já existente, complementando a dessalinização da água residual, e ainda fornecendo energia elétrica.

O protótipo está instalado na Cidade Universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fonte: COPPE/UFRJ

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